Há uma sociedade secreta e restrita, de que Francisco Pinto Balsemão faz parte, que tem um plano para dominar a Terra. O Clube Bilderberg estará a usar a ONU, o FMI e até o Vaticano para impor uma nova ordem mundial. Até lá vai fazendo o que pode, há quem fale em atentados terroristas e na promoção dos Beatles.
São chamados os “senhores do mundo”. O Clube Bilderberg foi criado em Maio de 1954 na Holanda e, nas últimas décadas, recrutou os mais importantes políticos, banqueiros, donos de petrolíferas e grupos de media, influentes industriais, empresários e académicos de todo o mundo. A sociedade secreta reúne-se uma vez por ano numa conferência cuja agenda não é pública e para a qual são convidadas apenas 140 pessoas. Poucos encontros têm sido alvo de tantas tentativas de escrutínio, mas, ainda assim, pouco ou nada se sabe sobre o que acontece na Conferência Anual de Bilderberg. E o mistério, já se sabe, é o melhor aliado das teorias da conspiração. Um jornalista lituano, Daniel Estulin, escreveu um livro polémico que garante que na realidade o clube tem um único propósito: comandar o mundo e impor uma nova ordem mundial. Enquanto não conseguem alcançar o desígnio, os líderes do Bilderberg vão tentando controlar o que podem. “A verdadeira história do Clube Bilderberg” conta como o clube mais exclusivo do mundo promoveu a ascensão dos Beatles, fez eclodir o caso Watergate e planeou o 11 de Setembro. A pouco e pouco, garante Daniel Estulin, os Bilderberg vão abrindo caminho para o seu objectivo maior: subjugar o mundo a um único governo, uma única moeda, um único exército e um só sistema judicial e de educação. Tudo com o apoio da ONU – que servirá de instrumento para conseguir o domínio completo de todas as nações. Uma parte importante do plano passa por conseguir o comando dos países emergentes e subdesenvolvidos que detêm reservas minerais – da água ao petróleo. É aqui que entram uma série de ONG ambientalistas que no terreno vão desaculturando os povos e semeando a discórdia e a fome. “Bilderberg é a potência económica e financeira que necessita de controlar toda a alimentação. Para isto quer destruir toda a economia para poder reduzir a população mundial”, repete Daniel Estulin nas entrevistas que vai dando um pouco por todo o mundo. O poder mundial seria composto pelos “controladores”, por agentes conscientes (partidos políticos) e por agentes inconscientes. A dominação, explica o jornalista, é feita através da ideologia e, se necessário, com recurso ao terrorismo. Da lista de controladores constam, entre outros, o FMI, o Vaticano e a OCDE. Daniel Estulin garante que estes organismos estão incumbidos de actuar no sentido de eliminar a ideia de soberania nacional e as forças armadas de cada país. Estão, portanto, ao serviço de proprietários de bancos, de multinacionais, primeiros-ministros, chefes de Estado e editores dos principais jornais do mundo. E é assim que, nas últimas décadas, o grupo tem manipulado várias nações, apoderando-se de petróleo, vendendo armamento a países em guerra, levando à fome muitos dos países em vias de desenvolvimento. E a Igreja Católica, garante o lituano, participa activamente nesta cruzada. De tal forma que um dos principais líderes do clube será um dos superiores-gerais da Companhia de Jesus. A vasta e perigosa investigação do jornalista sobre o restrito clube de milionários tem-lhe rendido uma série de dissabores. Recentemente, Daniel Estulin contou que é vigiado 24 horas por dia por equipas de antigos agentes especiais do KGB. E que uma mulher vestida de vermelho tentou seduzi-lo num hotel para depois se atirar de uma janela e o implicar num caso de homicídio. Antes disso, alguém já teria tentado matá-lo sabotando um elevador. Em Portugal, só Francisco Pinto Balsemão, membro da direcção do Bilderberg, poderá confirmar se a teoria do jornalista lituano é ou não verdadeira. Coube ao dono da Impresa organizar o único encontro anual em território nacional, que decorreu debaixo de secretismo algures no concelho de Sintra em 1999. Talvez Paulo Portas e António José Seguro – convidados por Balsemão para participarem na última reunião – possam dar uma ajuda. Sabe-se que estiveram em discussão o crescimento económico e a criação de emprego nos Estados Unidos e na Europa, o nacionalismo, a guerra contra o ciberterrorismo e os desafios que o continente enfrenta (apesar de não ter estado presente qualquer líder ou personalidade de África). Desde a década de 1950, terão passado pela conferência perto de 70 personalidades portuguesas. Em 2013, a lista de convidados incluiu o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, a directora-geral do FMI, Christine Lagarde, os ex-primeiros-ministros de Itália e de França Mario Monti e François Fillon, além dos presidentes da Amazon e da Google. Entre os 140 nomes escolhidos no ano passado, segundo se escreveu e pôde apurar, estavam apenas os de 14 mulheres. Outras teorias: Maçonaria. Já foram secretos, agora são só discretos ![]() A versão oficial conta que os maçons apareceram no final da Idade Média, quando alguns pedreiros – que equivalem aos nossos arquitectos, engenheiros, empreiteiros e afins – decidiram começar a encontrar-se em lojas para discutir as complexidades e especificidades do ofício. Em 1717, quatro lojas juntaram-se e deram início à Grande Loja de Londres – o marco da criação da maçonaria. Com o tempo, já nos séculos xviii e xix, os encontros começaram a ser frequentados por gente influente, proveniente de todos os meandros. Os maçons foram-se espalhando pelo mundo, vestidos de aventais e controlando tudo aquilo que conseguem. Lideraram revoluções, fundaram países. Ainda hoje continuam a usar roupas pouco comuns e as reuniões são feitas em espaços com uma decoração um bocado para o esquisita – com símbolos milenares, colunas gregas e imagens de sóis e luas. Os “irmãos” comprometem-se a ajudar-se uns aos outros nas várias áreas em que actuam. São formadores de opinião e tudo o que acontece na loja maçónica – incluindo os misteriosos rituais de iniciação – fica na loja maçónica. Ou não. Os Illuminati. 13 famílias no topo de uma pirâmide satânica ![]() São Illuminati porque se consideram iluminados. Há uma pirâmide, como em todas as sociedades secretas, mas esta é comandada por 13 famílias – de que fazem parte banqueiros e empresários influentes, além de personalidades como Obama ou George W. Bush. Ninguém dá por isso, mas o grupo – que, garantem alguns, é satânico – comanda o mundo. A importância dos discípulos de Satanás é de tal ordem nos Estados Unidos que a bandeira da América tem 13 linhas horizontais (esta parte é mesmo a sério) e o mesmo olho de Lúcifer que aparece no topo da pirâmide do “logótipo” da sociedade secreta está também estampada nas notas de um dólar. O pior inimigo dos Illuminati é, obviamente, a Igreja Católica. Mas pelo meio vão atingindo outros alvos. É-lhes atribuída responsabilidade na morte da princesa Diana e nos atentados do 11 de Setembro. “De todas as sociedades secretas que pesquisei, os Illuminati são de longe a mais vil”, diz a americana Sylvia Browne, autora do livro “As Sociedades Secretas Mais Perversas da História”. “Embora 75% do que se diz sobre eles seja especulação, preocupa-me os outros 25%.” Ordo Templi Orientis. Ou a secreta adoração do pénis ![]() A organização Ordo Templi Orientis (OTO) apareceu no início do século xx e ainda continua por aí. Os seguidores acreditam numa “nova era de princípios e práticas esotéricas em que os seres humanos alcançam o conhecimento total sobre a sua própria identidade.” Aleister Crowley, o famoso ocultista, sistematizou boa parte das crenças do grupo e escreveu o manifesto “Mysteria Mystica Maxima”. O mote da OTO, “faz o que tu quiseres, esta será a lei”, tornou-se popular. A seguir à morte de Crowley, o movimento perdeu influência, embora ainda conte com seguidores nos Estados Unidos, no Reino Unido e em outros países da Europa. Conta-se que o grupo defende práticas e crenças bizarras, entre as quais a fixação pelo sexo. A Ordo Templo Orientis tem até um conjunto de ensinamentos escritos sobre a “adoração do falo” e a “magia” da masturbação. Em 1969, membros da grupo acabaram sentados no banco dos réus e foram condenado por abuso de menores e de tortura. A OTO está dividida em 11 graus e três círculos: externo, interno e secreto. Um dos estágios chama-se “bebé do abismo”. |
sexta-feira, 15 de agosto de 2014
Clube Bilderberg. Há 60 anos a mexer cordelinhos para subjugar o mundo e impor uma nova ordem
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